Zoológico de Goiânia intensifica vigilância contra gripe aviária após episódio com cisne negro

Em resposta ao alerta nacional sobre a gripe aviária, o Parque Zoológico de Goiânia, administrado pela Prefeitura, intensificou suas ações de monitoramento e prevenção. No último domingo (8/6), a morte repentina de um cisne negro levou a equipe técnica a aprofundar a investigação, mesmo sem sinais aparentes da doença no animal.

Jamile França, responsável técnica e supervisora geral do zoológico, informou que o cisne era adulto, saudável e apresentava comportamento e alimentação normais. “Embora a necropsia tenha apontado uma lesão que pode explicar sua morte, optamos por enviar o material para análise laboratorial como medida preventiva”, explicou Jamile.

Desde a confirmação do primeiro caso de gripe aviária em granja, no Rio Grande do Sul, em maio de 2025, o zoológico vem seguindo protocolos rigorosos de biossegurança e monitoramento diário dos animais, em constante diálogo com os órgãos de vigilância sanitária. Em parceria com a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), amostras do cisne foram encaminhadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) em Campinas (SP).

José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa, ressaltou a importância do trabalho conjunto: “Estamos focados em educação sanitária e prevenção. Todos devem adotar medidas de biossegurança e notificar casos suspeitos. A prevenção depende de um esforço coletivo.”

Enquanto aguarda o resultado da análise — previsto para até 10 dias úteis — o zoológico segue temporariamente fechado à visitação, em conformidade com os protocolos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Jamile tranquiliza o público, afirmando que todos os demais animais estão saudáveis e que a decisão é puramente preventiva. “Não há motivo para alarme; estamos agindo com total responsabilidade para garantir a segurança sanitária e manter nosso parque livre da gripe aviária.”