“Intervenção na Saúde de Goiânia: Sandro Mabel destaca ações imediatas e aponta desafios futuros”
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“Intervenção na Saúde de Goiânia: Sandro Mabel destaca ações imediatas e aponta desafios futuros”

Medidas emergenciais garantem avanços na Saúde de Goiânia

Dez dias após a determinação judicial que estabeleceu a intervenção estadual na saúde de Goiânia, o prefeito eleito Sandro Mabel (UB), em conjunto com o secretário estadual de saúde, Rasível Santos, apresentou os resultados iniciais da operação. Em coletiva, Mabel enfatizou que as ações foram implementadas “na hora certa”, destacando medidas como a liberação de leitos de UTI e a reativação de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

“Negociamos rapidamente leitos de UTI, autorizamos a compra de medicamentos e reativamos ambulâncias paradas. Com apoio do Hospital Rui Azeredo, conseguimos abrir 20 leitos emergenciais. Essas ações evitaram que pacientes continuassem sofrendo com a falta de atendimento adequado”, explicou o prefeito eleito.

Um dos destaques da intervenção foi a criação de salas de crise nas unidades de saúde. Segundo Mabel, essas estruturas possibilitaram o monitoramento intensivo de pacientes três vezes ao dia, resultando em melhorias significativas.

“Atualmente, nenhum paciente crítico precisa dormir em uma UPA. Reduzimos os pedidos diários de enfermaria de 150 para 50, e as solicitações de UTI caíram de 25 para 5 por dia. Esses avanços são frutos de equipes integradas e focadas na solução de problemas”, afirmou.

Mabel também mencionou a preocupação com uma possível epidemia de dengue, alertando para o risco de superlotação. “O aumento de casos, associado ao lixo acumulado em terrenos baldios, exige atenção redobrada. Estamos agindo para evitar uma nova crise.”

Crise na saúde de Goiânia: um histórico de desafios

A situação crítica na saúde pública de Goiânia não é recente. A greve de anestesistas, a falta de insumos e atrasos nos repasses financeiros agravam um cenário já marcado por superlotação e mortes na fila por UTIs. Segundo Rasível Santos, o problema é agravado pela falta de credibilidade da gestão municipal, que encarece serviços e dificulta acordos com prestadores de saúde.

“Com a intervenção estadual, estamos restaurando a confiança e a estabilidade. O governador Ronaldo Caiado nunca atrasou pagamentos, e essa credibilidade será a base para reorganizar o sistema de saúde em Goiânia”, disse Santos.

Dados revelam uma redução drástica nos leitos de UTI financiados pelo município, que passaram de 186 em 2022 para apenas 118 em 2024. A falta de gestão eficiente e a desestruturação da assistência hospitalar tornam urgente a implementação de políticas públicas consistentes.

A crise se aprofundou com a prisão do secretário municipal de saúde, Wilson Pollara, e outros membros da gestão. A operação conduzida pelo Ministério Público revelou irregularidades em contratos administrativos, desvios financeiros e prejuízos à administração pública.

Enquanto isso, a população enfrenta as consequências de uma saúde pública em colapso. A falta de insumos básicos, descumprimento de decisões judiciais e a morte de pacientes à espera de atendimento são apenas alguns dos reflexos da má gestão.

O futuro da saúde em Goiânia

Sandro Mabel, que assumirá oficialmente a Prefeitura de Goiânia em 2025, afirmou que está comprometido em reestruturar o sistema de saúde e garantir que a crise atual não se repita. “Estamos prontos para abastecer os estoques, realizar compras emergenciais e oferecer atendimento digno à população. Essa intervenção nos trouxe lições importantes que aplicaremos na nossa gestão”, concluiu.

Com medidas emergenciais em andamento e um cenário desafiador pela frente, a saúde de Goiânia depende de uma articulação eficiente entre município e estado para superar a crise e garantir o direito à vida e à saúde para todos.

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