
Goiás Atinge Crescimento de 65% em Transplantes de Órgãos em Cinco Anos
Dados do Governo de Goiás mostram que, em 2024, houve 114 doadores de órgãos no Estado, o maior número desde 2020. Nesse período, foram registrados 657 casos de morte encefálica, e os transplantes de órgãos e tecidos registraram aumento de 65% nos últimos cinco anos – de 540 procedimentos, em 2020, para 891, em 2024. No acumulado, foram realizados 3.414 transplantes no período.
Desafios e Campanhas
A gerente da Central Estadual de Transplantes, Katiuscia Freitas, ressalta que obter o consentimento familiar para doação ainda é um obstáculo.
“Trabalhamos com incentivo à manifestação expressa do doador e fazemos campanhas para orientar as famílias sobre o processo de doação”, explica.
O volume de notificações por morte encefálica aumentou 18%, reflexo dos treinamentos em hospitais para que todos os casos sejam comunicados corretamente à Central. Assim, é possível validar diagnósticos e oferecer a chance de doação conforme prevê a lei.
Hospital Referência e Expansão
O Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG) consolidou-se como o principal centro transplantador do Estado, respondendo por cerca de 98% dos procedimentos de órgãos. Em 2024, a unidade ampliou os serviços, passando a realizar transplantes de pâncreas e medula óssea autólogo.
“Registramos o maior número de transplantes de medula óssea da série histórica, com alta de 102% em relação a 2023. O HGG realizou 27% desses procedimentos em pouco mais de um ano de habilitação do serviço”, destaca Katiuscia.
Novas Perspectivas
Goiás oferece transplantes de rins, fígado, pâncreas, córneas, medula óssea e músculo esquelético. Cerca de 2 mil pessoas aguardam na lista de espera. A expectativa para 2025 é ampliar o consentimento familiar e, com isso, beneficiar mais pacientes que buscam um recomeço por meio dos transplantes.