Goiânia ganhará central de tratamento de resíduos e polo de reciclagem
O prefeito Sandro Mabel anunciou nesta segunda-feira (30/6), durante o lançamento do Movimento Reciclar Goiânia e do 1º Seminário Movimento Reciclar, a transformação do aterro sanitário em um centro de reciclagem integrado a um distrito industrial. A iniciativa reunirá cooperativas e indústrias para processar todo o lixo gerado na capital.
O projeto adotará tecnologia europeia capaz de reciclar até 65% dos resíduos e incinerar o restante sem gerar chorume ou rejeitos. Mabel destacou a economia: enquanto aterros privados cobram até R$ 170 por tonelada, o municipal custa R$ 40, e a diferença financiará novos investimentos sustentáveis.
Entre as ações já em curso está o programa Cata-Treco, que recolheu mais de 10 mil itens em 2025, e a estação de tratamento de chorume, ampliada para 300 mil litros por dia com investimento de R$ 10 milhões. Com o futuro centro e o distrito industrial, a meta é reciclar ou reaproveitar 100% dos resíduos em quatro anos, sem repassar custos ao contribuinte.
Atualmente, Goiânia coleta 360 toneladas de recicláveis por dia. Quinze cooperativas locais, em parceria com o Consórcio Limpa Gyn, são responsáveis por toda a triagem seletiva. A prefeitura também adquiriu 12 máquinas — tratores, escavadeiras, pás-carregadeiras e caminhões basculantes — e já iniciou obras de adequação no aterro: limpeza dos taludes, cobertura diária dos resíduos, drenagem de chorume e gás e controle ambiental.“Contrataremos empresa para monitoramento ambiental e licitaremos a unidade de tratamento de chorume, hoje enviada à ETE da Saneago, além de serviços para beneficiamento de resíduos da construção civil”, afirmou Mabel. Ele ressaltou que o novo centro garantirá processos de separação e tratamento ambientalmente adequados, aumentando a segurança operacional.
O Movimento Reciclar estabelece cinco etapas — mobilização de parceiros, educação ambiental, coleta seletiva, infraestrutura logística e integração industrial com logística reversa — com a meta de elevar o índice de reciclagem de 1,8% para 10% até 2026 e 50% até 2033.
Para o presidente da OCB/GO, Luís Alberto Pereira, o seminário reforça o esforço conjunto de poder público, academia, setor produtivo e sociedade. A presidente da Codese, Helena Ribeiro, destacou a importância da conscientização da população para consolidar Goiânia como referência em sustentabilidade.

