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Funcionárias desviam quase R$ 1 milhão de transportadora em Aparecida de Goiânia, aponta investigação da Polícia Civil

Duas funcionárias de uma transportadora em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, são investigadas por desviar quase R$ 1 milhão da empresa. De acordo com a Polícia Civil, a dupla usou os valores desviados para comprar TVs, computadores e até um caminhão. O crime foi confessado pelas suspeitas, segundo as autoridades.

 

Esquema de desvio e impacto na empresa
As fraudes foram descobertas em dezembro de 2023, mas apenas em agosto de 2024 a polícia obteve autorização para a quebra de sigilo telefônico e bancário das investigadas. A denúncia foi revelada em primeira mão pela TV Anhanguera. A proprietária da empresa, que preferiu não ser identificada, relatou que os desvios causaram uma queda drástica no faturamento, o que levou à redução do número de funcionários de 12 para apenas 3. Atualmente, o quadro foi reestruturado, com cinco funcionários ativos.

Ela ainda contou que as suspeitas surgiram após uma ligação de uma loja de eletrodomésticos para seu marido, informando sobre uma compra suspeita de uma geladeira no valor de R$ 7 mil em seu nome. Esse episódio fez com que a empresária desconfiasse das inúmeras ligações recebidas de um banco digital ao longo do ano anterior.

De acordo com o boletim de ocorrência, as funcionárias utilizavam um esquema envolvendo o Face ID do proprietário da transportadora, induzindo-o a acreditar que o reconhecimento facial seria usado para atualizar aplicativos da empresa. Aproveitando-se de sua condição de miopia e ausência de óculos no momento, as investigadas conseguiam acesso às contas da empresa e abriam outras no nome do proprietário. Ao todo, seis contas foram criadas em diferentes bancos, com os clientes transferindo valores acreditando que os depósitos eram legítimos.

Com o dinheiro transferido para as contas fraudulentas, as funcionárias conseguiam movimentar grandes somas sem levantar suspeitas. Uma das investigadas chegou a utilizar seu próprio endereço para receber o cartão de um banco, o que ajudou a polícia a desvendar o esquema.

 

Consequências jurídicas
As investigadas foram indiciadas por furto qualificado e abuso de confiança. No entanto, o pedido de prisão foi negado pela Justiça. A empresa, por meio do advogado Ricardo Souza, está movendo uma ação para solicitar a devolução integral dos valores desviados e uma indenização por danos morais devido aos prejuízos financeiros e emocionais causados.

A investigação segue em andamento para garantir que todos os envolvidos sejam devidamente responsabilizados.

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