Ex-Secretário da Saúde de Goiânia se Entrega à Polícia; Investigação Aponta Desvio de R$ 10 Milhões
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Ex-Secretário da Saúde de Goiânia se Entrega à Polícia; Investigação Aponta Desvio de R$ 10 Milhões

Quesede Ayres Henrique, ex-número 2 da SMS, está sob custódia; Wilson Pollara permanece foragido sob alegação de tratamento médico.

Ex-Secretário Executivo da Saúde de Goiânia se Entrega à Polícia Civil

O ex-secretário executivo da Saúde de Goiânia, Quesede Ayres Henrique, entregou-se à Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO) na quinta-feira (19/12). Ele foi considerado foragido na última terça-feira (17/12), quando a polícia deflagrou uma operação investigando um esquema de desvio de R$ 10 milhões da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) por meio de contratos irregulares.

A operação, que teve ampla repercussão, também incluiu mandados de prisão contra outras quatro pessoas. Entre os envolvidos estão Marcus Vinícius Brasil Lourenço, presidente da Associação Privada União Mais Saúde; Wander de Almeida Lourenço Filho, procurador da mesma associação; e Veriddany Abrantes de Pina, sócia-administradora da empresa Mult Hosp Soluções Hospitalares.

O principal alvo, entretanto, é o ex-secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, que permanece foragido.

A defesa de Wilson Pollara afirmou nesta quarta-feira (18/12) que o ex-secretário encontra-se em São Paulo realizando tratamento para um câncer no rim. O advogado de Pollara entrou com um pedido de habeas corpus, alegando que ele não tem condições clínicas de interromper o acompanhamento médico.

Pollara já havia sido preso em novembro no âmbito da Operação Comorbidade, conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), que investigava irregularidades em contratos da SMS. Ele foi liberado em dezembro, mas voltou a ser alvo de novas investigações.

Desvio de R$ 10 Milhões: Contratos Sob Investigação

A PC-GO revelou que os desvios de recursos públicos eram operados por meio de um convênio entre a SMS e a associação União Mais Saúde. Os contratos investigados apresentavam indícios de:

  • Superfaturamento de valores.
  • Pagamentos por serviços não realizados.
  • Graves irregularidades administrativas, que resultaram no desvio milionário.

As investigações apontam que os valores desviados, que deveriam ser destinados à saúde pública, eram utilizados para fins ilícitos.

O esquema investigado abala a credibilidade da gestão de recursos públicos destinados à saúde em Goiânia. Enquanto isso, a Polícia Civil mantém a busca por Wilson Pollara e os demais envolvidos, reforçando o compromisso de responsabilizar os culpados.

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