Diarista é indiciada por injúria racial após ofensas contra enfermeira em Goiás
2 minutos de leitura

Diarista é indiciada por injúria racial após ofensas contra enfermeira em Goiás

A diarista Sthefany Sibele França Rayzer foi indiciada por injúria racial após ser denunciada por ofensas contra a enfermeira Luciana Ponciano, em Aparecida de Goiânia. Segundo o delegado Joaquim Adorno, responsável pelo caso, a acusada cometeu o crime em duas ocasiões distintas, o que pode resultar em penas somadas de até 10 anos de prisão.

O indiciamento foi formalizado no sistema Projudi do Tribunal de Justiça de Goiás na quarta-feira (20). Procurada pela reportagem, Sthefany informou que não deseja se pronunciar. Em depoimento à polícia, ela confessou ter enviado as mensagens com conteúdo racista.

O episódio teve início em 9 de agosto, quando Luciana reclamou da qualidade do serviço de limpeza realizado por Sthefany em seu apartamento. Após o pagamento via PIX, a enfermeira percebeu que o serviço não havia sido concluído e enviou vídeos mostrando os locais sujos. Em resposta, a diarista passou a ofendê-la com ataques racistas.

Prints divulgados pela TV Anhanguera mostram Sthefany chamando Luciana de “chata por ser negra”, “cabelo de bombril” e afirmando que “branco nunca me encheu tanto o saco”. Em outra mensagem, ela declarou: “Você é chata porque é de cor”, e admitiu: “Tenho preconceito, demais, do seu jeito, sim”.

Após a denúncia, Luciana relatou que continuou recebendo mensagens ofensivas, nas quais a diarista zombava da repercussão do caso e a chamava de “bicha feia sebosa”. A enfermeira afirmou que não respondeu às novas tentativas de contato.

O presidente do Conselho de Direitos Humanos e Igualdade Racial em Goiás, Michael Félix, destacou à TV Anhanguera que o racismo é crime desde 1989, mas que ainda enfrenta dificuldades de aplicação devido à falta de compreensão sobre o que configura racismo, injúria racial ou simples bullying.

⚖️ Injúria racial é crime
A pena prevista para injúria racial é de dois a cinco anos de reclusão. Como o crime foi cometido em dois momentos distintos, a acusada pode ser condenada por ambas as condutas, segundo a Polícia Civil.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *