Déficit Habitacional em Aparecida de Goiânia Atinge Mais de 10 Mil Famílias em 2023
Aparecida de Goiânia enfrenta um déficit habitacional que afeta 10.426 famílias, conforme aponta estudo divulgado pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB). O levantamento revela um aumento alarmante de 82,68% no número de famílias em déficit habitacional nos últimos seis anos, subindo de 5.707 famílias em 2017 para mais de 10 mil em 2023.
Déficit Habitacional em Goiás
Os dados também indicam que, em todo o estado de Goiás, o número de famílias em déficit habitacional é de 212 mil, sendo que 73 mil delas estão concentradas na região metropolitana de Goiânia, o que inclui Aparecida de Goiânia. Esse aumento reflete a crescente demanda por moradia e os desafios que a população enfrenta, especialmente nas áreas urbanas.
O estudo do IMB alerta para potenciais problemas no cálculo do déficit habitacional, uma vez que o Cadastro Único (CadÚnico) para programas sociais do governo federal é autodeclaratório. Isso pode gerar distorções nos dados, já que algumas famílias podem não estar devidamente cadastradas ou fornecer informações imprecisas, subestimando o verdadeiro número de pessoas em situação de vulnerabilidade.
Causas do Déficit Habitacional: Ônus Excessivo com Aluguel e Domicílios Precários
Entre os principais componentes do déficit habitacional estão os domicílios precários e o ônus excessivo com aluguel. Famílias que comprometem mais de 30% de sua renda com aluguel são as mais afetadas. Em Goiás, 175 mil pessoas vivem nessa condição, e embora benefícios sociais tenham retirado 40 mil famílias dessa situação, o problema persiste como o maior fator de déficit habitacional.
Outro fator importante são os domicílios precários, com 30.429 famílias vivendo em condições inadequadas, como estruturas rústicas ou moradias improvisadas. As regiões do Sudoeste de Goiás e o Entorno do Distrito Federal concentram a maior parte dessas famílias.
A Prefeitura de Aparecida de Goiânia, em nota, destacou os avanços nas políticas públicas habitacionais, enfatizando que, por meio de parcerias com os governos federal e estadual, centenas de famílias foram beneficiadas com moradias populares. Entre os projetos de destaque estão o Residencial Chácara São Pedro, que entregou 900 apartamentos, e o Residencial Agenor Modesto, com 208 unidades.
Recentemente, o prefeito Vilmar Mariano assinou ordem de serviço para a construção de 192 apartamentos na Vila Romana, com previsão de entrega em 24 meses. O investimento total é de R$ 38 milhões. Além disso, outros 576 apartamentos serão construídos no Alto da Boa Vista, somando mais de 1,8 mil famílias beneficiadas com novos empreendimentos habitacionais.