Laudo geotécnico conclui que Aterro Sanitário de Goiânia está estável e sem risco de explosão ou desmoronamento

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), recebeu nesta terça-feira (4) o Relatório Técnico de Monitoramento Geotécnico do Aterro Sanitário da capital, que aponta condição de estabilidade e descarta risco de explosão ou desmoronamento. O documento consolida a primeira medição do monitoramento realizada entre 2 de setembro e 4 de novembro de 2025.

Assinado pelo engenheiro ambiental, agrônomo e geomensor José Augusto Martins Filho (CREA 20083/D‑GO), o laudo avaliou deformações, vetores de deslocamento, avanço volumétrico e estabilidade de taludes em quatro seções do maciço. Os fatores de segurança calculados foram 2,1; 1,9; 2,5; e 1,8 — todos superiores ao mínimo global exigido pela NBR 11682 da ABNT, que é 1,5 — o que caracteriza condições geotécnicas satisfatórias na situação atual.

A análise baseou‑se na implantação de 50 marcos superficiais em setembro, com duas campanhas de aferição de campo que utilizaram topografia por GPS RTK e aerofotogrametria por drone (VANT) para comparação planialtimétrica e avaliação volumétrica. Segundo o relatório, as variações entre leituras são compatíveis com o quantitativo de resíduos recebidos e não indicam zonas de convergência nem acelerações que sugerissem início de instabilidade.

Como medidas de seguimento, o documento recomenda leituras e inspeções bimestrais — frequência mais rigorosa que a normativa mínima — e a manutenção de cuidados operacionais com taludes e drenagem para manter os fatores de segurança. A contratação do monitoramento integra o processo de adequação do aterro e subsidia o pedido de licenciamento junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

A Comurg informou que seguirá o cronograma de monitoramento e as melhorias apontadas para garantir a operação segura e contínua do empreendimento.